“Mãe, um dia eu serei missionária na África.”, disse eu aos oito anos de idade. Na época foi apenas uma fala de uma criança. Será? Deus trabalhou no meu coração e isso se exteriorizava. Aos 11 anos entreguei minha vida a Jesus. Mesmo sendo nova, aquele passo que eu estava dando seria sério para a vida toda. Durante a adolescência eu enchia meu quarto com fotos de crianças negras, versículos e frases especiais. Orava pelos africanos mesmo sem nenhum contato com eles. Orava também pelas notícias dos jornais que meu pai comprava cada dia. Recortava muitas das notícias e as colava num caderno especial que eu mesma tinha deixado fazer numa gráfica. Tive dois. Enfim, o continente Africano estava diariamente no meu coração e em minhas orações. Aos 19 anos conversei com meus pais que eu queria estudar teologia. Viajei para o Paraguai, onde estudei durante três anos. Ainda depois do tempo no Paraguai, decidi fazer magistério. Quatro longos e preciosos anos estudando meio período e meio período trabalhando numa creche evangélica. Para meus pais estava cômodo eu estar sempre por perto, mas eles não imaginavam que aquilo que eu tinha falado aos oito anos de idade, iria se concretizar. Faltavam dois meses para terminar o magistério e chegou em minhas mãos um prospecto falando do Projeto África Sahel, organizado pela Missão Horizontes. Sem perder tempo, conversei com meus pais e líderes. Recebi apoio e tive a alegria de fazer parte do Projeto. Os meses de preparo eram um sonho sendo realizado: de fato eu iria para a África. Depois de quase um ano de treinamento e preparos, passei uns dias com meus pais e meu pai (hoje falecido) disse: mas você não vai pra África, não é? Hoje, sendo mãe, entendo um pouco do que meu pai sentia. Mas, eu estava decidida e o chamado do Pai era claro. Eu iria sim! Ainda fazendo parte do Projeto África Sahel, passei um ano no Níger. Eu respirava fundo e dizia: obrigada, Jesus, por me ter trazido para essas terras! Eu estava muito feliz de estar lá e poder falar do amor de Jesus. Tive oportunidades de trabalhar com crianças e adultos na área de alfabetização. Um projeto social que visava a evangelização. Os dois anos do Projeto África Sahel terminaram e me tornei missionária efetiva no Níger. Continuei com vários projetos sociais, juntamente com outros colegas, atendendo crianças, jovens e adultos. Passei quase nove anos no país, servindo a Deus ao atender às necessidades do povo. Terminou meu tempo no Níger e voltei ao Brasil.

Foi um outro momento especial na minha vida. Conheci o homem que poucos meses depois seria meu esposo. Foi muito especial e continua sendo muito especial quase nove anos depois. Bom, Flavio e eu casamos, tivemos nossos dois filhos e seis anos depois achamos que poderíamos seguir em família para a África. Dessa vez viemos para o Senegal. Aqui o clima é menos agressivo para minha pele, o que foi o maior motivo de eu sair do Níger. Estamos no país a dois anos e seis meses. Nossos filhos estudam numa escola integral. Escola para filhos de missionários. Enquanto isso, temos tempo para realizar o ministério juntamente com o povo. A População do Senegal é de 13.508.715 habitantes, desse total 6.773.294 são mulheres e 6.735.421 de homens. A República do Senegal é laica, democrática e social. Respeita todas as crenças, ou seja, o governo não interfere. A língua oficial é o francês e as línguas nacionais são o Diola, o Malinké, o Pular (ou fulani), o Serer, o Soninké, o Wolof e dialetos. Mais de 90% da população é muçulmana. O segundo maior grupo é católico. Os evangélicos não representam nem 1% da população. O presidente atual é Macky Sall, eleito em 25 de março de 2012. O nome Senegal deriva da expressão “Sunu Gal” (nossa canoa), ou seja, os diferentes grupos étnicos juntos na mesma canoa. Temos desenvolvido diferentes trabalhos aqui. Na primeira cidade onde moramos por um ano colaboramos num projeto social que atendia os “talibês”, meninos de rua que vivem junto com um líder religioso muçulmano, onde estudam todos os dias o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. Na parte da manhã e no final do dia, eles ficam na rua pedindo esmolas que irão dar ao líder e também comida para se alimentar. No Projeto alfabetizávamos os meninos em francês, pois 99% deles apenas sabem o árabe. Também na casa, onde era o projeto, eles tomavam banho, lavavam suas roupas, recebiam comida e faziam diversas atividades de lazer, como jogar futebol, jogos de mesa, brincadeiras, etc. E o momento especial era quando recebiam a Palavra que transforma e liberta. Também desenvolvemos projetos com meninas e mulheres, oferecendo-lhes aprendizagem do crochê e outros trabalhos manuais para terem uma renda. Esses grupos também têm oportunidade, em cada encontro, de ouvir a Palavra de Deus, receber oração e aprender sobre o relacionamento com O Pai. Flavio tem realizado cursos gratuitos de sonorização em igrejas, para fortalecer os nossos irmãos em Cristo, que muitas vezes são muito pobres para terem oportunidade de fazer algum curso assim.

senegal sonorização

Ele também dá uma formação de informática básica em escolas, que é tão importante para professores, etc. Por três vezes temos nos envolvido com trabalhos de curto prazo em Guiné Bissau. Lá Flavio tem dado assistência a missionários que têm dúvidas na área de informática e também temos tido oportunidade de levar bastante doação de roupas, brinquedos e itens de casa para pessoas e ou famílias muito pobres. Além disso, temos feito evangelismo regular em Dakar em dois pontos de pregação.

Para quem desejar entrar em contato ou fazer doações:

 

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