Deus responde ao profeta, mas as palavras são duras. Diz que haverá ainda mais destruição, morte e sofrimento. Habacuque se desespera e poe-se na torre de vigia para orar e aguardar que Deus mude as circunstâncias. Ali ele reflete e percebe que Deus possui motivos para castigar o seu povo: a idolatria, autoconfiança e iniqüidade – e pede a misericórdia do Senhor.
Ao fim, declara que “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha fortaleza” ( Hc 3: 17-19). O profeta percebe que Deus não deixa de ser Deus quando se cala e que o Senhor o convida a crer, mesmo sem enxergar a solução.
No capítulo 3.17 Habacuque exclama aquilo que iria levar Paulo, após 600 anos, a fundamentar a carta aos Romanos; e aquilo que levaria Lutero, após 2.100 anos, a iniciar a Reforma Protestante: “O justo viverá por fé”.
Deus não nos convida a ver, mas a crer. Deus nos convida a ter fé. E a fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra do Senhor.
Fé na Palavra de Deus transforma o coração mais duro, a nação mais forte e o homem mais ímpio. Transformou a minha e a sua vida. Fará isto ainda com milhões ou bilhões. Perante dias difíceis, injustiças e sofrimentos, precisamos clamar ao Senhor por paz, cura e misericórdia, como fez Habacuque. Ainda mais importante, precisamos manter a fé, mesmo sem enxergar a solução. E anunciar a Palavra que transforma corações, famílias, igrejas e nações. Deus nos convida a crer.
Acompanhe o Ronaldo Lidório