Nós sabemos bem que em muitos países pregar o evangelho de Jesus, ou mesmo ser cristão, é correr risco de vida. Contudo, muitos seguidores de cristo tem propagado seu evangelho por amor a Jesus!
A china é um desses lugares, e nesse ano de 2017 o Partido Comunista da China emitiu um “alerta contra a celebração do Natal”, alegando que os chineses deveriam “resistir à corrosão da cultura religiosa ocidental”. Esse tipo de ação gera diferentes consequências em toda a nação.
As autoridades da cidade de Wenzhou, na província de Zhejiang, já haviam proibido a realização de classes de Escola Dominical nas igrejas desde agosto, mas os cristãos desafiam as ameaças e lutam para que as crianças continuassem aprendendo sobre Jesus e a Bíblia.
Mesmo sabendo que podem ir para a prisão, a opção dos líderes das igrejas da região foi estimular os pais a ensinarem as crianças em casa. Algumas igrejas mudaram os dias e horários das aulas, para fugir das “batidas” policiais. A mensagem de todos é a mesma: não vamos desistir de capacitar a nova geração.
Wenzhou é conhecida como a “Jerusalém da China”, devido à sua grande comunidade cristã. Mas recentemente ficou no centro do conflito entre o governo chinês e o interesse dos pais em oferecer educação religiosa aos seus filhos.
O Partido Comunista, oficialmente ateu, multiplicou nos últimos anos as tentativas de conter a influência da religião, restringindo as manifestações de fé e advertindo contra as ideias “ocidentais” do cristianismo. Contudo, os fiéis da região de Wenzhou acreditam que o partido terá dificuldade em exercer controle sobre a próxima geração de cristãos do país.
“Em minha casa, a fé vem primeiro e as notas ficam em segundo lugar”, disse uma mãe, apelidada de Chen, que prefere ocultar seu nome completo por questões de segurança. Para ela, é importante que as crianças frequentem as aulas bíblicas, pois a educação estatal não fornece orientação moral e espiritual.
“Drogas, pornografia, jogos de azar e violência são sérios problemas entre a juventude de hoje”, disse ela à Reuters. “Não podemos estar ao lado deles o tempo todo, então somente através dos princípios da fé eles vão aprender qual a coisa certa a fazer”.
As províncias de Zhejiang, Fujian, Jiangsu, Henan e a região autônoma da Mongólia Interior impediram que crianças participem de aulas sobre religião, incluindo na Escola Dominical e nos acampamentos de verão.
Em Wenzhou, cuja comunidade cristã foi iniciada por missionários do século XIX, são mais de um milhão de cristãos conhecidos. A partir de 2014, quando uma campanha do governo para demolir igrejas “ilegais” e derrubar suas cruzes gerou atrito das autoridades com os crentes, algo que só vem aumento desde então.
Os livros usados pelas igrejas em classes de Escola Dominical foram visados pela onda de repressão pois frequentemente são textos traduzidos do exterior.
Em setembro, foram assinadas novas leis que expandiram o controle estatal sobre a educação religiosa em todo o país. Escolas cristãs foram fechadas pelas autoridades, sob acusações que promoviam uma “lavagem cerebral” em seus alunos.
As autoridades dizem que as novas medidas são uma tentativa de criar uma “nova geração de líderes religiosos leais ao partido”.
Fonte: Gospel Prime