Aprenda a fazer boeuf bourguignon, receita clássica francesa recomendada pelo missionário Eduardo Fernandes

A França, sem dúvidas, é um dos destinos mais almejados por quem deseja contemplar as belíssimas construções, desfrutar dos locais românticos, apreciar a riqueza cultural e saborear as variedades de sua culinária sofisticada.

A culinária francesa foi, inclusive, reconhecida pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade em 2010. Destacam-se os preparos de confeitaria (patisserie), como os tradicionais macarrons, éclairs, crepes, tortas diversas e o mil-folhas. Os pães (baguettes, croissants, pão de chocolate) e queijos são também bastante conhecidos, além, é claro, dos vinhos.

Segundo especialistas, em uma matéria para o jornal “Folha de São Paulo”, a gastronomia francesa está diretamente ligada a uma “prática social destinada a celebrar os momentos mais importantes da vida dos indivíduos e dos grupos”.

A culinária francesa começou a formar sua identidade durante a Idade Média. Em banquetes reais, muitos pratos eram preparados simultaneamente e servidos em longas mesas dedicadas à festa. Esse costume denomina-se service en confusion.

Embora as diferenças nos métodos de preparo e serviço em relação ao início da culinária francesa, a cultura alimentar é ainda muito parecida: carnes acompanhadas de mostardas e comidas repletas de fortes molhos.

A depender da região do país, as características da culinária variam, mas a preocupação com os sabores memoráveis e uma apresentação impecável é um aspecto comum da gastronomia francesa.

Curiosidades

Confira algumas curiosidades da gastronomia francesa retiradas do site “Delícias Culinárias”:

  • Os franceses são ensinados a apreciar sua culinária e se orgulhar dela desde muito cedo.
  • Os pratos tipicamente consumidos variam muito em cada região, desde aqueles à base de carne de vaca da Normandia aos pratos leves da cozinha mediterrânea em Provença.
  • Na França come-se, geralmente, três vezes ao dia, sem pequenos lanches nos intervalos.
  • O café da manhã tende a ser a refeição mais leve, consistindo-se basicamente de pães e café. Já o almoço, em geral, é bem servido e demorado, e o jantar pode contar com quatro pratos ou mais.
  • Uma refeição típica francesa conta com algum tipo de carne (bovina, suína, aves ou caças), e é comum que os franceses optem por comprar suas carnes diretamente dos açougueiros, para melhor inspecioná-las.
  • Os queijos são uma parte indispensável da culinária francesa. Há aproximadamente 500 variedades de queijo no país, com uma variação enorme de texturas e intensidades de sabor.

O missionário e pastor Eduardo Fernandes, que atualmente reside em Firminy, na França, conta que um dos pratos típicos do país e que, inclusive, ele gosta e prepara é o boeuf bourguignon – que se pronuncia: bôêf burginhon. O pastor nos contou um pouco mais sobre o prato: “o bourguignon é composto por pedaços de carne, cozidos em caçarola ao molho de borgonha, feito de vinho tinto, com guarnição aromática composta por cebola, alho, bacon e um bouquet de louro, alecrim e tomilho (que é retirado na hora da apresentação do prato). A comida é cozinhada por imersão em vinho, que, untado com um pouco de farinha distribuída sobre a carne, dá o molho de vinho do prato.”

E, claro, vamos deixar a receita aqui para você preparar. Esta receita foi retirada do site Estadão, da sessão Receitas. Confira!

Ingredientes

2 kg de alcatra cortado em cubos de 2,5cm

3 colheres (sopa) de óleo

1 cenoura média em cubos muito pequenos

1 e ½ cebola grande em cubos muito pequenos

1 talo de salsão em cubos muito pequenos

2 dentes de alho cortados em lascas finas e depois picados

1 garrafa de vinho tinto (use o melhor possível, sem excesso, claro)

2 xícaras (chá) de caldo de carne

1 buquê garni (1 galho de tomilho, 3 ou 4 talos de salsinha, 1 folha de louro, 2 a 3 folhas de alho-poró, barbante para amarrar tudo

1 cebola piqué (corte uma echalote ao meio, na vertical, e ponha uma folha de louro em cada metade, prendendo com dois ou 3 cravos)

3 ou 4 tomates pelados picados

20 echalotes (minicebolas)

150g de bacon cortado em cubos

3 xícaras (chá) de cogumelos-paris cortados em lascas grossas

Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Salsinha picada (opcional)

Beurre manié: misture 3 colheres de sopa de farinha de trigo e 2 colhres de sopa de manteiga para obter uma pasta

Preparo

1- Tempere a carne com sal e pimenta.  

2- Aqueça o óleo numa caçarola grande de laterais altas. Refogue a carne, um pouco de cada vez, para tostar a superfície (colocar muito de uma vez estimula a formação de líquido e a carne cozinha em vez de fritar). Retire a carne da panela e repita até usar toda a carne.

3- Use a mesma panela, sem lavá-la, para refogar os vegetais: cebola, cenoura, salsão, mexendo até murchar (uns oito a dez minutos). Acrescente o alho e refogue por mais um minuto, mexendo.

4- Devolva a carne à panela, adicione o caldo de carne, o vinho, o tomate picado, as ervas aromáticas, a cebola piqué e os temperos. Tampe a panela, deixando uma fresta. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por pelo menos três horas, acrescente mais caldo, se estiver secando.

5- Descasque as echalotes e refogue-as inteiras, numa frigideira com manteiga aquecida. Vá virando ou sacudindo a panela até as cebolas pegarem cor. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Tire a panela do fogo e reserve.  

6- Ponha um pouco de água para ferver. Jogue os cubos de bacon na água e deixe cozinhar por dois minutos. Escorra e seque bem. Reserve.

7- Refogue os cogumelos na manteiga até amolecerem. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Reserve.

8- Quando a carne estiver bem macia, tire a panela do fogo e faça como a Julia Child indica: misture a beurre manié mexendo para engrossar o molho. Prove e corrija o tempero se necessário. Volte a panela ao fogo, ponha as echalotes e os cogumelos (aqueça-os antes), junte o bacon, misture e sirva com purê de batata.

Material Produzido por Radar Missionário, disponível em: Revista Radar Missionário Edição 01

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