Governo holandês determinou que a família deve deixar o país; lei holandesa impede que autoridades interrompam culto religioso
A igreja Bethel, em Haia, já tem culto que dura mais de seis semanas, 24 horas por dia ininterruptas. A maratona de cultos começou quando a família Tamzayan, que recebeu refugio no país há nove anos foi informada que deveria deixar o país. O pai e a mãe deixaram o país com três crianças, hoje com 15, 19 e 21 anos, fugiram da Armênia por falta de segurança para a família. Na Holanda eles inicialmente tiveram residência aprovada pelo governo, mas o Estado apelou duas vezes e agora a permanência no país foi negada.
Depois de nove anos morando no país, a família está totalmente integrada na sociedade holandesa e cultura local já faz parte da maior parte da vida das crianças. Em setembro de 2018 a família foi comunicada que seriam enviados de volta para Armênia. Então fugiram para igreja que congregavam em Katwijk.
Na Holanda existe um acordo comum aceito, mas não imposto por lei, que a polícia não entra em igrejas sem permissão. Mas depois de um mês da família morando na igreja em Katwijk, a polícia decidiu não mais aceitar esse acordo.
A única forma de manter a polícia fora da igreja era durante um culto, pois isso é determinado por lei. Como a igreja de Katwijk não tinha condições logísticas de ter um culto contínuo a igreja Protestante de Haia ofereceu ajuda.
“Decidimos oferecer à família asilo na igreja em nossa comunidade Bethel, em Haia. Nossa intenção é criar um tempo e a oportunidade de diálogo com as autoridades e com os partidos políticos sobre a situação da família bem como outras 400 crianças holandesas em circunstancias parecidas. Nós começamos um culto contínuo na sexta-feira, 26 de outubro de 2018 às 13h30”, diz comunicado oficial da Igreja Bethel.
A família tem recebido muito apoio de cristãos e não cristãos. Pastores de várias denominações tem apoiado a iniciativa. Centenas de pastores já participaram do culto contínuo e muitos voluntários são precisos para que o culto não seja interrompido. Até a publicação dessa matéria o culto já está acontecendo por seis semanas e três dias, um total de 1.136 horas.