Em meio aos conflitos internos na Ucrânia, missionários evangélicos trabalham para levar alimentos e apoio espiritual para quem sofre com os resultados da luta armada entre as forças ucranianas e os separatistas.
A proximidade de Maryinka com Donestsk, a capital rebelde da Ucrânia, fez com que mais da metade da população deixasse a cidade. Hoje há cerca de 6 mil civis, incluindo 350 crianças, que tentam continuar com suas vidas.
A cidade semideserta tem apoio de grupos religiosos que tentam suprir as necessidades básicas de quem insiste em ficar, mesmo com a falta de emprego e com todas as dificuldades de um país em guerra.
Por não ter fornecimento de gás natural ou água quente, a rotina dos moradores da cidade é de carregar lenha, esperar em filas de distribuição de pão e mercadorias e dormir em porões, como explica uma reportagem do The New York Times.
Enquanto os missionários entregam pães e exemplares da Bíblia, era possível ouvir barulho dos tiroteios e a única opção deles é anunciar que Jesus quer a paz e fazer orações.
“Vamos orar!”, disse o pastor Yevgeny Medvedev assim que ouviu o barulho do tiroteio que acontecia a poucos quilômetros de onde estavam.
A missionária Lyubov Shpikhernyuk tenta explicar a importância desse trabalho em regiões de conflitos. “Quando surge o medo as pessoas se abrem para Deus”, disse. E o trabalho social desenvolvido por esses evangélicos segue o exemplo de Cristo. “Quando Jesus estava na Terra, ele alimentou as pessoas e elas o seguiram por isso também”.
Além de Maryinka, outras cidades ucranianas recebem apoio de missionários, alguns deles enviados por igrejas americanas que financiam a obra de apoio e ajuda aos que estão sofrendo com os problemas causados pela guerra.
A Igreja Ortodoxa não está satisfeita com esse crescimento de missionários e chega a chamar o trabalho humanitário de “cruzada”. O reverendo Sergi Geiko, deu uma entrevista dizendo que os missionários estão invadindo o território ortodoxo para captar fiéis por meio de ajuda material.
Fonte: CPAD News