Por Jeverton Magrão
É possível trilhar toda uma jornada sem a presença do outro em nossa vida?
Muitos tentam caminhar sem dar a devida importância ao outro, e ao fazerem isso vivem como que em sua própria bolha. Mas somos seres relacionais e nos complementamos no outro, e essa diversidade de ideias, conceitos, histórias e experiências é que dão o colorido especial à vida.
Trabalhar com pessoas aparentemente tão diferentes, executar tarefas, gerenciar projetos, escutar e ser escutado, abrir mão e perceber que o outro teve um insight brilhante, isso tudo mexe comigo e com você. Afinal de contas no fundo queremos estar no centro de tudo. Será possível então trabalhar em grupo?
Se você está esperando minha resposta, é sim. Não vejo a vida sem o outro. O outro que me ensina, me faz pensar, me abrir para o novo e ampliar meus horizontes.
Um grupo focado, que tem idéias e busca soluções e estratégias com maturidade e clareza, alcança objetivos concretos. Ao caminhar como grupo somos fortalecidos, crescemos frente aos desafios, percebemos nossas limitações, e mantemos vivos sonhos e a esperança.
Estamos engajados na Missio Dei, que experimenta a diversidade saudável, inclusiva, e que acima de tudo busca suas orientações no Deus de amor, companheiro, amigo e relacional.
Como discípulos de Cristo, a oração deve ser uma prática diária, e não uma mera repetição, muito menos uma forma decorada e vazia. A oração sincera nos aproxima de Deus em sua mais profunda essência.
O exercício deve ser individual e coletivo, precisamos orar uns pelos outros, compartilhar e construir pontes relacionais. Precisamos ser íntimos do Deus pessoal, amoroso e fiel. Oremos com o foco final de reconhecermos que nossa esperança e fé estão somente nEle.
Como comunidade, temos nosso jeito de ser e de perceber o mundo ao nosso redor. Ao longo dos anos, o cristianismo me conduziu a um entendimento e conhecimento melhor de quem eu sou, e esse é um processo que continua dia a dia.
Precisamos nos conhecer e nos fazermos conhecidos como páginas de um livro que vão sendo folheadas e vão nos revelando novas histórias.
O Cristo vivo, com seus ensinamentos e sua caminhada pura e simples, é um convite a usufruirmos do que há de mais belo na vida, o jeito singelo e livre, regado de bons amigos, amigos de alma, dias bons e não tão bons, mais aprendizado do que ensino, o viver e vivenciar.
Seja você mesmo, carregue em sua mochila o seu melhor, compartilhe, influencie, e nunca se esqueça de que temos uma importante tarefa: compartilhar e conduzir o mundo a um encontro real com o Cristo vivo.
- Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e trabalha com juventude. Ele e a esposa estão na Bélgica, onde vão morar por um tempo.
Foto: Alex Ortlieb/Unsplash
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