Três missionários coreanos-americanos foram libertados esta semana pelo governo da Coreia do Norte. Eles foram presos pelo governo do líder norte-coreano, Kim Jong-un, por pregarem o evangelho. O regime comunista da Coreia do Norte proíbe o Cristianismo, considerado como traição. Os três já estão nos Estados Unidos.
Kim Sang Duk, de 59 anos, estava preso desde abril de 2017. Kim Hak Song, 55 anos, preso desde maio de 2017. E Kim Dong Chul, 64 anos, foi preso em outubro de 2015 e cumpria um mandado de 10 anos com trabalhos forçados. Os três missionários, que atuavam na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang, foram acusados de “cometer atos criminosos de hostilidade destinados a derrubar o governo norte-coreano”, ou seja, espalhar o cristianismo entre os norte coreanos.
A Coreia do Norte lidera a Lista Mundial da Perseguição divulgada anualmente pela Organização Portas Abertas. Naquele país, direitos à liberdade de pensamento, religião, expressão e informação não são respeitados, e não há mudança para a igreja há anos: cristãos enfrentam níveis de pressão extremos em todas as áreas da vida, combinados com alto grau de violência.
O Cristianismo, na Coreia do Norte, é visto como ocidental e hostil e se espera que os cidadãos adorem somente a família Kim, que governa o país desde sua fundação, em 1948. Por esse motivo, cristãos escondem a fé até mesmo da própria família temendo ser presos e enviados para campos de trabalhos forçados. O exercício da fé cristã em comunidade também é afetado, já que igrejas não podem existir, e reunir-se com outros cristãos é uma atividade perigosa, bem como ler a Bíblia ou expressar a fé cristã de qualquer maneira.
A Organização Portas Abertas estima que haja cerca de 60 mil cristãos presos em terríveis condições na Coreia do Norte. Eles ficam em campos de trabalhos forçados comparados aos campos de concentração nazistas.
Fonte: Portas Abertas, Reuters, Portal Gospel Play e Euronews
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