Tem algumas semanas que a equipe do Radar Missionário vem publicando matérias sobre os Segmentos Menos Evangelizados no Brasil. Buscando desmistificar a ideia que só existe pessoas que ainda não ouviram falar de Jesus Cristo em outros países. Nossa realidade também é bastante difícil quando se trata de levar o evangelho de Jesus. Já falamos dos Quilombolas, Sertanejos e nessa semana vamos mostrar os desafio do evangelismo entre os Ribeirinhos.

O povo Ribeirinho é formado por milhares de famílias que vivem na região amazônica às margens dos rios e quando moram próximos às cidades, geralmente são extremamente pobres e sofrem com as poluições dos rios (esgoto) assoreamentos e a erosão.

As principais atividades desse povo são o artesanato e a agricultura, sabendo que a maioria das culturas e criação de animais são complementares à alimentação como caça, pesca e extrativismo vegetal. Além das dificuldades diária, os ribeirinhos não podem contar com a ajuda do Governo, que oferece poucos serviços públicos. Na época das enchentes eles são os que mais sofrem e muitas das vezes têm suas casas invadidas pelas águas. Para evitar as enchentes usam o recurso de subir o piso das casas de palafita com tábuas para que as águas não os alcancem.

Segundo uma pesquisa do IBGE, no estado do Amazonas existem mais de noventa mil comunidades espalhadas as margens dos rios e igarapés, e somente 10% tem a presença evangélica.O Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007, reconheceu a existência dos povos e comunidades tradicionais, dentre os quais estão os ribeirinhos, instituindo uma política nacional voltada para as necessidades específicas desses povos, a Política Nacional de Desenvolvimento dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT).

Origens

Na segunda metade do século XIX, muitos nordestinos deixaram sua terra natal e seguiram para a Amazônia atrás dos empregos oferecidos nas empresas que atuavam no ciclo da extração do látex das árvores conhecidas como seringueiras. Na década de 50, com a crise da borracha, os seringueiros ficaram sem alternativa de trabalho. A ausência de políticas públicas que tratassem da desmobilização desse contingente de trabalhadores fez com que eles se espalhassem ao longo dos rios da floresta amazônica, a exemplo dos Rio Negro e Rio Amazonas, onde construíram suas moradias.

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