
A equipe de tradução a qual Gerson particiou, ele é o jovem à direita.
Gerson Rocha, 23, estuda Letras – Português/Inglês e trabalha como professor de inglês e tradutor. Prestes a se formar na universidade sentiu Deus direcionando para trancar a faculdade no último semestre para experimentar uma viagem missionária de curto prazo e servir por três meses no país europeu. O Radar Missionário entrevistou Gerson para saber mais sobre como Deus o chamou para ser luz em meio a uma sociedade secularizada.
RM: Como surgiu a ideia de ir fazer missões na Alemanha?
Gerson: Na verdade, ir até o interior da Alemanha não foi algo que imaginei que faria tão cedo, e muito menos em um molde missionário. Foi uma ideia que surgiu literalmente do nada, e uma das maiores surpresas que Deus moveu em minha vida.
RM: Qual organização te enviou e como ficou sabendo sobre o projeto?
Gerson: A organização se chama Steiger International e meu primeiro envolvimento se deu na escola de missões conduzida por eles no centro Krögis. Conheci o trabalho desenvolvido por meio de dois missionários, Marcel (brasileiro) e Elise (americana), que se conheceram na escola, se casaram e tornaram-se missionários oficiais da organização. Em uma visita à Curitiba, eles deram uma palavra em uma célula de língua inglesa que frequento, e nos contaram tudo sobre a Steiger, como é viver para o Evangelho, a experiência deles no alcance da juventude secular. Eles foram extremamente solícitos e sábios ao nos transmitir tudo isso. Por serem relativamente jovens, fiquei impressionado pela maneira como Deus os levantou e, naquela noite, comecei a ver a obra missionária sob uma perspectiva renovada.
RM: Como foi o processo de interesse a ir, envolvimento da sua igreja e ida?
Gerson: De início, foi um amigo meu da célula que teve uma vontade avassaladora de fazer parte disso, eu estava muito focado em terminar a faculdade e, na época, não considerei qualquer tipo de envolvimento. Ele foi aprovado para servir como intérprete e, na entrevista, foi-lhe sugerido buscar por mais alguém para ir também. Ele prontamente falou comigo, e fui muito resistente a princípio, mas enfim acabei dizendo que iria orar sobre isso e, depois de tanto orar, pensei: “O que há de mal em simplesmente me inscrever?”. Logo, em menos de uma semana, Jodi Pierce, a diretora da escola, me mandou um e-mail me parabenizando pela aprovação. Me alegrei ao mesmo tempo indaguei. Isso é porque faltava apenas um semestre para que eu me formasse, já tinha começado a escrever o TCC e sabia que meus pais não iriam ver lógica em trancar a faculdade justo agora que estava tão perto de encerrar aquele ciclo. Contei a notícia e eles me disseram que Deus teria de prover e confirmar tudo para termos certeza, então, conversamos com meu pastor e a partir daí ele começou a me orientar e me apoiou desde o começo, tanto na parte espiritual, quanto na busca de apoio e suporte para a viagem até a minha ida.
RM: Como foi para você o processo de levantar sustento?
Gerson: Na época em que tudo aconteceu eu estava sendo muito bem remunerado em meu emprego, porém não o suficiente para guardar o dinheiro para as passagens aéreas. Isso continuou até a semana anterior ao embarque: saí do emprego, tranquei a faculdade, me comuniquei com quem pude – porém ainda não tinha as passagens, estava realmente dependendo no Senhor nessa questão. Enfim, um generoso irmão se solidarizou para ajudar e pagou a maior parte dos bilhetes, esse foi certamente um momento em que nossa fé foi honrada e em que Deus surpreendeu a todos que estavam me acompanhado no processo. Durante os três meses, todos os gastos foram cobertos pela agência, então não tive muito com o que me preocupar depois de chegar.
RM: Quais atividades se envolveu durante o seu tempo na Alemanha?
Gerson: Eu servi como tradutor e intérprete para os alunos brasileiros da escola de missões, então essa foi minha principal atividade diária ali. Porém, no Reino de Deus devemos estar sempre preparados para chegar ao limite e ir além do que nos é requisitado, então acabei servindo em outras áreas, o que incluiu, por exemplo, dirigir a peça de teatro evangelística da escola. Os membros do staff tinham estudo bíblico e oração todos os dias, o que me ajudou a desenvolver uma rotina devocional mais sólida em meio ao trabalho com os alunos, o que também incluía um dia inteiro de busca à Deus por semana, quando tínhamos liberdade para orar e ler a Palavra com calma e encerrávamos com a Ceia no final. Momentos como esse me fizeram perceber que estar ali era um enorme privilégio.
RM: Qual lição aprendeu durante esse tempo?
Gerson: Foram muitas lições, tantas que talvez me esquecerei de pontuar alguma aqui. A escola de missões da Steiger tem um approach “mão na massa”, o que me fez ver que o evangelismo não é tão difícil se vencermos o medo. Também percebi a diferença que o nome de Jesus causa em um ambiente secular, e o impacto gerado pela proclamação do Evangelho. Pessoalmente, eu nunca havia me visto como líder e, nesse ambiente, vi claramente como isso faz parte da identidade de Deus para os jovens, o que me fez ver os dons e qualidades que o Pai me deu. Ele fez cada um de maneira específica, portanto não é ruim notarmos o que fazemos bem, pois tudo isso pode ser usado pra sua glória. Recebi cura na área de comunhão com os irmãos, pois apesar de amar a igreja, havia um bloqueio dentro de mim para desenvolver relacionamentos e amizades mais profundas e, na escola foi a primeira vez que essa barreira se quebrou e pude sentir essa plenitude. Ficou claro pra mim que há muito mais na fonte do amor de Deus pra ser buscado e vivido, e esse tem sido meu foco desde então.
RM: E quais foram os desafios?
Gerson: Essa foi a primeira vez que passei por um choque cultural, e isso foi algo difícil de lidar no começo, ainda mais quando você está em contato direto com pessoas de mais de 8 países, mas essa foi uma dificuldade que se dissipou rapidamente. Os ataques espirituais que sofri na Alemanha também estão entre os mais intensos que vivi, e essa foi uma luta ganha pelo poder de Cristo e a perseverança que Ele derrama sob meu coração até hoje. A última dificuldade, por incrível que pareça, foi perceber o agir de Deus em mim no meio de tantas coisas novas. Nossa rotina em nosso país, por ser previsível, com o mínimo de discernimento é possível ver o que Deus está fazendo. Porém ali, em um novo ambiente, foi mais difícil, e tive que ter fé para confiar que os frutos seriam gerados na hora certa – e foram!
RM: Você recomenda uma experiência missionária de curto prazo para outros jovens?
Gerson: Com certeza! Como aluno ou como staff, recomendo de verdade, pois ali podemos ver o corpo de Cristo em ação e cada um se tornando uma peça fundamental dos planos de Deus, sua vida muda e o senso de responsabilidade para com o Reino aumenta.
RM: Quais os passos alguém interessado em uma experiência missionária pode dar?
Gerson: Em relação aos passos pra preparação, começarei com algo que pode parecer algo óbvio, mas necessário de ser enfatizado: Certeza da salvação, com evidência de frutos é primordial, tanto para curto ou longo prazo. Digo isso pois, se não temos essa segurança em nosso amado Jesus, como pregaremos? Então, se ver como filho de Deus redimido, entender o Evangelho e ter um profundo senso de gratidão à Ele por isso é a base que serve como impulso para missões. Os frutos nunca mentem, e são gerados na permanência em Cristo, que naturalmente requer perseverança e mostra que o crente terá resistência em várias situações. Finalmente, é necessário orar para que o Espírito Santo o direcione às oportunidades certas: se já tiver um país ou local em mente, busque informações sobre agências que estão lá, leia biografias de missionários, fale com seus líderes e o Senhor irá confirmar quando estiver pronto pra ir e buscar recursos e afins, afinal, quem aprova é Ele e a obra pertence a Ele. Ele te ama e tem interesse de te colocar onde deve estar, na hora certa para que seja a boca dEle às pessoas que só você conseguirá alcançar.
Paz! Eu tive a oportunidade de ir a Alemanha e lá pude falar do amor de Deus, mas precisei voltar pois meu visto era de Turista. Como posso fazer para ingressar na missão e ir na próxima viagem?
Que benção que já semeastes a Palavra do Senhor nesse país, com certeza a eternidade trará os resultados desse seu período ali.
Continuemos a orar por essa nação!
A paz do senhor esteja convosco amados irmãos, gostaria de saber como ser membro das Missões na Alemanha, sou africano e vivo em Moçambique, estou interessado em ser membro.
Paz do Senhor.
O trabalho missionário é considerado um local que necessita da evangelização, e como é um desafio espiritual, por certo há inúmeras barreiras que dificultam a entrada de obreiros nessa nação. É preciso intercessão para que a vontade do Senhor se cumpra através da evangelização ali.
Desconheço instituições que esteja recrutando obreiros para atuar ali, contudo Deus está enviando pessoas de todos os lugares para todos os lugares.
Benção sobre sua vida
A Paz do Senhor!Gostaria de participar de missões na Alemanha ,vou passar três meses na Europa,não aprendi a falar o alemão ,mas pretendo aprender ,vou ficar na antiga Alemanha Oriental e na Saxônica,depois volto para Portugal e França,e outros países.Como faço para conhecer trabalho de missões na Alemanha .Obrigada .
A paz do Senhor
A Jocum tem base missionaria na Alemanha https://jocum.org.br/ entre em contato com eles
Por Missões
Paz do Senhor
eu gostaria de servir como missionaria na Alemanha o que fazer?
Paz do Senhor
Há várias agencias missionárias que enviam obreiros para as nações, junto com sua igreja local. Acredito que a primeira coisa a se fazer é procurar seu pastor e compartilhar sua chamada, uma vez validada junto ao ministério local, seria interessante procurar estruturas de envio de missionários (agencias missionárias)
Ore o Senhor direcionará Sua vontade na sua vida.