Existe um grande contraste para o envio de missionários transculturais entre os hemisférios Norte e Sul.
Infelizmente, a maioria dos líderes de missões transculturais não abordam essa questão por que simplesmente não conseguem ver.
Para os especialistas em guerras, esse fenômeno se chama “lei da distensão estratégica”. Entre outras coisas, ensina que quanto mais um exército se afasta de sua fonte de suprimento, mais difícil e arriscado se torna o combate.’
A visão da Horizontes América Latina é de alcançar os Povos Menos Alcançados da terra. Porém, como isso será possível sem a participação de todos? Somos confrontados pelo apóstolo Paulo:
“Vocês já têm tudo o que querem! Já se tornaram ricos! Chegaram a ser reis — e sem nós! Como eu gostaria que vocês realmente fossem reis, para que nós também reinássemos com vocês! Porque me parece que Deus nos colocou a nós, os apóstolos, em último lugar, como condenados à morte. Temo-nos tornado um espetáculo para o mundo, tanto diante de anjos como de homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, mas vocês são sensatos em Cristo! Nós somos fracos, mas vocês são fortes! Vocês são respeitados, mas nós somos desprezados! Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos. Quando somos amaldiçoados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo”. (1 Coríntios 4:8-13).
Como um dos primeiros missionários transculturais conhecidos, podemos afirmar que seu protesto se aplica aos que se dedicam a missões ainda hoje, que continuam sendo a escória da sociedade evangélica.
Necessitamos mais líderes que defendam esta classe esquecida, desprezada, ignorada, menosprezada pelo mundo e, pior, pela própria igreja.
Existam alguns raros privilegiados, apoiados por igrejas e pastores sérios que amam a causa missionária. Mas eles são exceção. A maioria é humilhada, sofrida, resignada e abandonada pelos seus irmãos, que deveriam ser os seus maiores incentivadores.
Embora não haja estatísticas recentes, estima-se que quase metade dos missionários brasileiros que são enviados para os campos transculturais acabam voltando para casa contra sua vontade, por terem problemas de sustento financeiro ou problemas de saúde.
Muitos jovens têm perdido a bela oportunidade de servir ao Senhor única e exclusivamente porque olham para a questão financeira e esquecem que o Senhor é o dono do ouro e da prata e das riquezas. Porém, seria injusto afirmar que a responsabilidade é deles apenas.
Como vimos no capítulo 1, o Senhor tem provido para sua igreja, mas o dinheiro não tem chegado até os que desejam realizar a obra de missões transculturais.
Portanto oremos por um AVIVAMENTO MISSIONÁRIO em nossa querida Pátria para que possamos ver muitos OBREIROS indo para a ÁSIA, continente menos evangelizado com 85% dos menos evangelizados. Também que possamos ver muitos crentes e pastores generosos que os apoiam com alegria. Intercessores que orem por obreiros, investidores e as ETNIAS menos evangelizadas.
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