Basta um estudo superficial de como Jesus desenvolveu seu ministério terreno para comprovar que para ele todas as necessidades humanas eram uma oportunidade de serviço. Nos Evangelhos não há a menor evidência de que ele pusesse as necessidades espirituais acima das corporais nem estas acima daquelas. Segundo o testemunho de Mateus, “percorria Jesus todas as cidades e aldeias da província da Galileia, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (9.35).
Seu ensinamento, de um alto conteúdo ético, se resume no Sermão do Monte (Mt 5–7) e deixa claro que o que Deus requer de seus filhos não se limita a deveres religiosos na área da relação com ele, mas se estende a todos os aspectos da vida humana, sem exceção. Além da relação com Deus, abarca a relação com o próximo e com a criação de Deus. Como sugere o Pai-Nosso, se orienta para “o cumprimento da vontade de Deus na terra” da mesma maneira como essa boa e soberana vontade se cumpre no céu. O ministério de Jesus inclui, portanto, o ensino da lei de Deus e dos valores do reino: paz, justiça, reconciliação, atitude em relação aos bens terrenos.
Vinculada estreitamente com o ensino, “a proclamação do reino de Deus” é um aspecto essencial do ministério de Jesus. Com efeito, o estudo deste conceito nos Evangelhos nos permite afirmar, sem medo de errar, que este foi o tema fundamental da pregação de Jesus. Não é à toa que a expressão reino de Deus (ou seu equivalente “reino dos céus”, no Evangelho de Mateus) se repete com tanta frequência nos Evangelhos. O de Marcos capta a importância desta proclamação quando resume as boas novas anunciadas por Jesus nestes termos: “O reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho” (1.15b). Em um ambiente de expectativas messiânicas, como o que reinava entre os judeus naquele tempo, Jesus anuncia o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Não em termos do advento de um messias conquistador que vem libertar a nação de Israel de seus opressores, mas sim em sua própria pessoa e obra. Ele é o rei-servo que veio para estabelecer um reinado de paz e justiça! Como ele mesmo afirma no sermão inaugural (baseado em Isaías 61.1-2), na sinagoga de Nazaré da Galileia, no começo de seu ministério, referindo-se ao Messias enviado por Deus para anunciar boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, por em liberdade os oprimidos e pregar o ano aceitável do Senhor: “nele se cumpre esta Escritura” na presença de seus ouvintes. E estes experimentam a presença do reino em suas vidas, na medida em que respondem a ele em arrependimento e fé.
O ensino e a proclamação do reino de Deus são acompanhados pela ação de Jesus em termos de “cura de toda enfermidade e de toda dor”. Os quatro Evangelhos demonstram essa maravilhosa liberação de poder milagroso em resposta às necessidades corporais de multidões submetidas à pobreza, sobretudo na província da Galileia. É óbvio que para Jesus o corpo humano não é menos digno de atenção e cuidado que o espírito.
Se algo está claro a partir da descrição do ministério de Jesus é que para ele a unidade do ser humano é uma premissa fundamental e, consequentemente, a missão de Deus aponta para a restauração da totalidade da pessoa em comunidade, segundo o propósito que estabeleceu originalmente na criação. Assim, hoje tomamos parte nisso como continuadores da missão integral de Jesus, na medida em que orientamos nosso ministério para a satisfação de necessidades humanas de pessoas indivisíveis.
Seu ensinamento, de um alto conteúdo ético, se resume no Sermão do Monte (Mt 5–7) e deixa claro que o que Deus requer de seus filhos não se limita a deveres religiosos na área da relação com ele, mas se estende a todos os aspectos da vida humana, sem exceção. Além da relação com Deus, abarca a relação com o próximo e com a criação de Deus. Como sugere o Pai-Nosso, se orienta para “o cumprimento da vontade de Deus na terra” da mesma maneira como essa boa e soberana vontade se cumpre no céu. O ministério de Jesus inclui, portanto, o ensino da lei de Deus e dos valores do reino: paz, justiça, reconciliação, atitude em relação aos bens terrenos.
Vinculada estreitamente com o ensino, “a proclamação do reino de Deus” é um aspecto essencial do ministério de Jesus. Com efeito, o estudo deste conceito nos Evangelhos nos permite afirmar, sem medo de errar, que este foi o tema fundamental da pregação de Jesus. Não é à toa que a expressão reino de Deus (ou seu equivalente “reino dos céus”, no Evangelho de Mateus) se repete com tanta frequência nos Evangelhos. O de Marcos capta a importância desta proclamação quando resume as boas novas anunciadas por Jesus nestes termos: “O reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho” (1.15b). Em um ambiente de expectativas messiânicas, como o que reinava entre os judeus naquele tempo, Jesus anuncia o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Não em termos do advento de um messias conquistador que vem libertar a nação de Israel de seus opressores, mas sim em sua própria pessoa e obra. Ele é o rei-servo que veio para estabelecer um reinado de paz e justiça! Como ele mesmo afirma no sermão inaugural (baseado em Isaías 61.1-2), na sinagoga de Nazaré da Galileia, no começo de seu ministério, referindo-se ao Messias enviado por Deus para anunciar boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, por em liberdade os oprimidos e pregar o ano aceitável do Senhor: “nele se cumpre esta Escritura” na presença de seus ouvintes. E estes experimentam a presença do reino em suas vidas, na medida em que respondem a ele em arrependimento e fé.
O ensino e a proclamação do reino de Deus são acompanhados pela ação de Jesus em termos de “cura de toda enfermidade e de toda dor”. Os quatro Evangelhos demonstram essa maravilhosa liberação de poder milagroso em resposta às necessidades corporais de multidões submetidas à pobreza, sobretudo na província da Galileia. É óbvio que para Jesus o corpo humano não é menos digno de atenção e cuidado que o espírito.
Se algo está claro a partir da descrição do ministério de Jesus é que para ele a unidade do ser humano é uma premissa fundamental e, consequentemente, a missão de Deus aponta para a restauração da totalidade da pessoa em comunidade, segundo o propósito que estabeleceu originalmente na criação. Assim, hoje tomamos parte nisso como continuadores da missão integral de Jesus, na medida em que orientamos nosso ministério para a satisfação de necessidades humanas de pessoas indivisíveis.
Traduzido por Wagner Guimarães
C. René Padilla • é fundador e presidente da Rede Miqueias, e membro-fundador da Fraternidade Teológica Latino-Americana e da Fundação Kairós. É autor de O Que É Missão Integral?.
Fonte : Ultimato