Quando o missionário Elia* começou com o seu trabalho de “semear o Evangelho” nas montanhas da Indonésia, não imaginava que seu ministério seria usado por Deus para a salvação de tantos hindus, que viriam a se consagrar a Jesus.
Morador da região, ele decidiu começar a compartilhar a mensagem do Evangelho de uma forma simples, aproveitando as oportunidades que tinha, como por exemplo, enquanto vendia sabão de casa em casa. Porém o número de convertidos ao Evangelho começou a se acumular, até que ele acabou formando uma igreja doméstica.
Atualmente, este ministério já deu origem a aproximadamente 20 igrejas neste perfil, estabelecidas nas aldeias e cada uma delas é formada por cerca de 10 a 50 membros. Em cada congregação, um líder treinado poe Elia dirige as reuniões.
O missionário explica que apesar destes líderes não terem formação acadêmica avançada, ele não olha a base educacional deles, mas sim para a capacidade que eles têm de pregar a Palavra de Deus.
Um deles se chama Putra* e tem 51 anos de idade. O homem não completou o Ensino Médio, mas prega o evangelho com dedicação enquanto vende sorvete nas ruas da região.
“Ele tem muitas habilidades interpessoais e desenvolve bons relacionamentos com os moradores”, justificou Elia.
Putra explicou que fica atento às oportunidades de falar de Jesus, que se criam no cotidiano, enquanto ele vende suas mercadorias.
“Quando as pessoas perguntam sobre minha fé atual, eu aproveito a oportunidade para compartilhar sobre Jesus Cristo”, disse Putra.
Apesar de Elia e Putra conseguirem aproveitar as oportunidades de usar seus trabalhos seculares como um “campo missionário”, nem todos os cristãos da região vivem nesta mesma situação e acabam não permanecendo firmes na fé, por não suportarem a perseguição dos extremistas hindus.
Elia confessou que esta situação é realmente difícil e lembrou que a mensagem do Evangelho também precisa ser acompanhada de boas obras neste cenário.
“Temos que ser fortes para seguir Jesus, pois Ele mesmo nos sustenta. Ele alimentou milhares de pessoas que o seguiam e pode fazer o mesmo em nossos dias. Por isso, não podemos só pregar o evangelho e deixar os famintos”, disse Elia.
Hoje com 70 anos de idade, Elia mantém alguns projetos sociais, nos quais novos convertidos também podem encontrar opções de trabalho e têm apoio para enfrentar a perseguição religiosa.
Elia fornece água aos agricultores e também ensina as habilidades para criar gado, plantar bambu, além de alguns tipos de árvore para venderem madeira.
Todas estas ações têm ajudado muito os novos convertidos ao cristianismo, que acabam sofrendo com o preconceito da sociedade de maioria hindu.
Elia destacou que apesar das dificuldades, Deus tem sido fiel e tem fortalecido seu ministério ao longo dos anos.
“Quando eu estudei teologia, fui ensinado a depender inteiramente de Deus e Ele, incrivelmente, sempre enviou o dinheiro necessário para todos os nossos projetos por meio de pessoas desconhecidas”, disse ele, expressando sua gratidão.
*Os nomes citados nesta matéria são fictícios e a imagem é meramente ilustrativa, por razão de segurança destes missionários e novos convertidos.
Fonte: Missões Portas Abertas