Em muitas palestras e seminários sobre missões que participo, noto que algumas perguntas são recorrentes no que concerne a obra missionaria e percebo que diante do tema há muitos mitos. Pensando nisso, gostaria de compartilhar sobre alguns mitos sobre a obra missionária.
Tudo depende da forma como as coisas são encaradas.
Como faz para chegar a ser um médico? Quanto tempo de estudo, para ser um bom profissional, diferenciado na área? Você consegue imaginar a quantidade de renúncia para chegar nessa posição? Os colegas curtindo a vida e a pessoa focada estudando. Você já viu algum médico chorando as pitangas: “Eu estudo demais, ou, estudei demais, não durmo, estou cansado!”? Eu nunca vi! E ele coloca muita dificuldade no processo? Não porque ele está focado aonde quer chegar. Adquire status, salário e a maioria das pessoas almejam os seus resultados, não querendo passar pelo mesmo processo.
Você sabe o que é ser executivo? É chique pensar na função, mas você quer ter a mesma pressão? A mesma dedicação em estudo técnico, e conhecimento geral? Você sabe quantas horas a pessoa dorme? A carga de ter responsabilidade de acertar sempre, porque centenas de funcionários estão debaixo de sua responsabilidade, você sabe o que é ter que ser bom pra empresa não quebrar? Mas bom mesmo é pensar no salário, para que pensar no processo. “Ser uma pessoa bem-sucedida é ser uma pessoa sofredora”, mito ou verdade?
Ir para missões é sofrer, mito ou verdade? Depende do que seja sofrimento na sua cabeça. Pessoas normais para sair da vida mediana sofre, para sair da preguiça sofre, para crescer sofre, mas aí que está diferença, onde está o foco: no processo ou no resultado?
Para fazer Jesus conhecido em lugares que Ele nunca chegou é fácil ou difícil? Bem se para viver a gente sofre em todas as áreas, mas faz parte da realidade da terra, para fazer Jesus conhecido, não é diferente. Agora você precisa avaliar se vale a pena você encarar algumas coisas por causa do foco.
O que é importante? Até que ponto a gente está disposto de encarar o preço pelo foco?
É tudo igual. Romper é encarar a vida. Só isso!
Olha meu cabelo, amo prancha, e se eu tiver como arrumar como gosto, vou morrer? Não gosto muito de Black Power, mas teve momento que só usei Black Power. Morri? Que diferença faz cabelo liso, pintado ou black. Há lugares onde só uso calça, volto pra o Brasil e há momentos que só uso saias; que diferença faz? Tem fases que tenho muito sapato, tem fases que não tenho; que diferença faz? Está tudo na cabeça, na atitude.
A vida tem estações: no outono cai tudo, mas a primavera também chegará.
Uma coisa posso te garantir. Eu sou feliz! “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl 4.13)
Mito ou verdade? Não sei. Acho que é uma questão de atitude e foco.
Por Charlote Cruz
Missionária