O pastor Pablo, em sua visita ao Brasil, compartilhou com os cristãos brasileiros seu testemunho e a realidade da Igreja Perseguida na Colômbia. Ele esteve no Brasil de 17 de janeiro a 5 de fevereiro e visitou as cidades de Brasília, Campinas e São Paulo. Em sua visita, o cristão perseguido passou por 19 igrejas, atingindo um público de mais de 4 mil pessoas.
Ele nos contou que desde sua infância, a realidade da guerrilha e narcotráfico era algo muito comum onde morava. Em meio a esse ambiente, foi através da visita de um missionário que aceitou a Jesus. Aos 16 anos, foi curado de epilepsia e continou servindo na igreja. Aos 21 anos se casou e, um ano depois, Deus o chamou para o ministério pastoral.
Pablo já está no ministério há 22 anos, juntamente com a esposa e os três filhos. No começo foi enviado a uma comunidade onde havia muita necessidade. Nos três primeiros anos pregavam a palavra com liberdade, até mesmo nos acampamentos dos grupos armados, e muitos se converteram. Guerrilheiros se convertiam e os jovens, ao invés de irem para os grupos armados, estavam indo para a igreja. No entanto, esse crescimento começou a incomodar os guerrilheiros, e foi aí que começou a perseguição.
Pablo perde um amigo – primeiro pastor é morto na região
Quatorze igrejas na região foram fechadas. A igreja não podia mais se reunir. Mas mesmo sem fazer cultos com todos os fiéis, continuaram pregando o evangelho e discipulando os novos irmãos. Quando descobriram isso, os grupos armados expulsaram seis pastores da região. Também começaram a enviar espias para ver o que os cristãos estavam fazendo. Mas a igreja continuou avançando. “Quando viram que não parávamos, começaram a nos ameaçar de morte. Mas não acreditávamos que eles iam nos matar, até que assassinaram o primeiro pastor”, compartilha Pablo.
A perda do amigo e companheiro de ministério foi algo muito difícil para ele. Pablo foi a primeira pessoa para quem a esposa do pastor assassinado ligou. Ele queria ir até a casa dela, mas ela disse para ele não ir, porque os guerrilheiros disseram que ele seria o próximo a ser executado. Mas os grupos armados se equivocaram, porque pensaram que quando matassem esse pastor, todos ficariam com medo. No entanto, a igreja se fortaleceu mais. “Entramos em tempo de clamor, com jejuns, vigílias e retiros, pedindo a Deus misericórdia. Foi um tempo de grande mover e muitas conversões”, relembra o pastor.
Pedidos de oração:
– Ore pelo pastor Pablo e família. Que ele continue tendo um ministério frutífero e sendo guardado em segurança.
– Peça para que Deus fortaleça a Igreja Perseguida na Colômbia e, em meio à perseguição, continue operando milagres e fazendo a igreja crescer.
– Clame para que as guerrilhas sejam mais flexíveis em relação às reuniões e cultos da igreja. Os pastores estão na expectativa de que haja mais abertura.